Ryan Murphy falou sobre Glee, seus personagens, o modo como os fãs reagem aos acontecimentos e muito mais, em sua nova entrevista! Confira:
Qual dos personagens que você escreve são mais parecidos com você?
The New Normal é quase como se fosse baseado na minha vida, por isso Andrew Rannels, sou eu, claramente. Mas eu sinto que as pessoas gostam mais do Andrew do que de mim, por isso ele está sendo meu representante. Rachel (Lea Michele) e Kurt (Chris Colfer), são claramente baseados em mim e Jessica Lange, que continua em American Horror Story, fala sobre a minha obsessão de infância a respeito do catolicismo e tentando ser alguém sem pecado e sem defeito. Sempre ao final de uma temporada, eu aprendo algo a respeito de mim mesmo.
Você está ciente do quanto há de si mesmo em sua escrita?
O que eu gosto é de me descobrir através desses personagens. Tipo, por que eu faria isso? Ou, o que eu estava tentando fazer lá? É catártico, e eu gosto de dar finais felizes, às vezes, em coisas que eu gostaria que tivesse tido. Como com o pai de Kurt, em Glee. Meu pai morreu no ano passado e eu sempre quis uma relação. Agora eu olho para meu pai, e sinto que tenho que perdoá-lo por algumas coisas.
O quanto Glee tem de você?
Eu realmente queria preencher a série com novas pessoas e nós fizemos isso, nessa temporada e felizmente todos têm aparecido. Re-energizamos a série, e eu acho que todos os atores estão muito mais felizes, porque ninguém terá que trabalhar oito dias por semana, se matando. Antes havíamos um set muito tumultado, agora é como uma loja de doces. Então eu sinto que descobri, finalmente, como fazer Glee funcionar, e acho que poderíamos ter mais quatro anos de série.
Você já foi criticado por criar essas séries que tem uma grande estreia, e que atinge uma grande paixão e depois de algumas temporadas, após a repercussão o nível cai. É justo dizerem isso?
Para ser honesto, a primeira vez que eu ouvi isso, eu fiquei, tipo “Wow”. Não concordo, mas percebi que eles têm que escrever uma narrativa para você. Eu me importo com marketing e publicidade, e eu trabalho duro para o lançamento desses programas, e por isso eu sinto que eles acabam estreando de uma grande forma e chamando muita a atenção. Não há uma acumulação lenta, ou funciona ou não funciona. Quando está com muito oxigênio jogado em você, o oxigênio, eventualmente, deixa a sala. Mas eu não gosto de defender meu trabalho. Deixem as pessoas fazerem seus próprios julgamentos. Não cabe a mim decidir o que as pessoas pensem ou digam, e eu não leio mais.
Estar no Twitter e na internet, pode não ser muito fácil.
Na terceira temporada de Glee, as coisas começaram a ficar pessoais. Parecia um ataque, e eu dizia “Espere, você disse que me amava antes e eu continuo a mesma pessoa. O que aconteceu? Eu continuo tentando.” Não é legal.
O que as pessoas não sabem sobre você?
Eu sou um bobo. Havia esse ponto de viragem em mim – e não em um bom sentido – quando eu fiz The Glee Project. Quando comecei, pensava “OK, eu vou deixar de ser um artista, para ser uma personalidade tipo o Simon Cowell“. Esse era o meu papel, e eu estava muito nervoso. Eu amei o programa, mas parecia que roubavam a minha alma, e eu acho que as pessoas pensavam que eu era o Darth Vader do teatro musical. Eu olho para trás, e revejo certos episódio e me mata lembrar que tive que eliminar alguns participantes.
Confira abaixo, um vídeo, que faz parte da mesma entrevista, e que revela os bastidores do photoshoot que Ryan participou enquanto apresentava sua casa à The Hollywood Reporter.
Via: Gleek Out! Brasil